sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Auriculoterapia

A auriculoterapia, também designada de auriculopuntura ou terapia auricular, é praticada desde há milénios pelos chineses, sendo inclusivamente uma técnica integrante da Medicina Tradicional Chinesa (MTC), mas também por outras culturas antigas, em particular pelos egípcios.

Baseia-se no princípio de que os pontos auriculares estão relacionados com as várias partes do corpo. A sua estimulação vai actuar nos órgãos correspondentes, auxiliando-os a encontrar o seu normal funcionamento.

Por sua vez, a orelha é composta por tecido cartilaginoso onde circulam numerosos nervos importantes, os quais actuam como condutores, recebendo e emitindo informação sensorial importante.


Durante a história deste método terapêutico foram sendo associadas características terapêuticas às distintas regiões do pavilhão auricular, mas foi recentemente, na década de 50, que o médico francês Paul Nogier, reorganizando e catalogando os pontos, codificou a mapa de terapia auricular, no qual a orelha representa um feto de cabeça para baixo.

Existem mais de 130 pontos na orelha, os quais têm efeitos terapêuticos comprovados pelas experiências clínicas antiga e moderna, conforme ilustrado esquematicamente no mapa auricular.
 
Na atualidade, a Auriculoterapia tem alcançado uma grande popularidade na China, mas também no mundo ocidental.

Segundo a MTC, esta terapia tem provado uma grande eficácia no tratamento de diversas enfermidades, assim como também tem sido usada com sucesso como forma de acupunctura de anestesia.
Muitos acupunturistas da atualidade especializam-se neste técnica e preferem-na como método terapêutico principal, funcionando lindamente como técnica isolada. Por outro lado, uma grande maioria dos terapeutas de MTC usam a auriculoterapia em conjunto com a acupunctura comum e/ou outras técnicas associadas, reforçando-lhes os resultados.

As formas de estimular os pontos auriculares são similares aos utilizados na acupunctura tradicional, sendo a mais utilizada a aplicação de agulhas nesses pontos, após diagnóstico e escolha prévia recorrendo, designadamente, aos princípios da MTC e da medicina convencional moderna.

São utilizadas esferas ou sementes, que se aplicam nos pontos auriculares e se fixam com um pequeno adesivo na orelha, mantendo-se nesses pontos durante alguns dias.
É também usado, o estímulo dos pontos através de massagem auricular com as mãos ou aplicação de pressão nos pontos com objectos apropriados ou mesmo com uma esferográfica.

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Finalizar ciclos

Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final..

e insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos. Não importa o nome que damos, o que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? Partiu para viver em outro país?

A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?

Você pode passar muito tempo se perguntando por que isso aconteceu.

Pode dizer para si mesmo que não dará mais um passo enquanto não entender as razões que levaram certas coisas, que eram tão importantes e sólidas em sua vida, serem subitamente transformadas em pó.

Mas tal atitude será um desgaste imenso para todos: seus pais, seu marido ou sua esposa, seus amigos, seus filhos, sua irmã, todos estarão encerrando capítulos, virando a folha, seguindo adiante, e todos sofrerão ao ver que você está parado.

Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado, nem mesmo quando tentamos entender as coisas que acontecem conosco.

O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar.

As coisas passam, e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

Por isso é tão importante (por mais doloroso que seja!) destruir recordações, mudar de casa, dar muitas coisas para orfanatos, vender ou doar os livros que tem.

Tudo neste mundo visível é uma manifestação do mundo invisível, do que está acontecendo em nosso coração..

.... e o desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar.


Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se.

Ninguém está jogando nesta vida com cartas marcadas, portanto às vezes ganhamos, e às vezes perdemos.


Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.

Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenando, e nada mais.

Não há nada mais perigoso que rompimentos amorosos que não são aceitos, promessas de emprego que não têm data marcada para começar, decisões que sempre são adiadas em nome do "momento ideal".

Antes de começar um capítulo novo, é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou jamais voltará.

Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa - nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade.

Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba, mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.

Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era e se transforme em quem é.

Torna-te uma pessoa melhor e assegura-te de que sabes bem quem és tu própria, antes de conheceres alguém e de esperares que ele veja quem tu és..

E lembra-te :

“Tudo o que chega, chega sempre por alguma razão”

(Fernando Pessoa)

Fonte: Luciana Vieira o caminho do meio.