sexta-feira, 23 de abril de 2010

Foco - o leme da intuição

As vezes as coisas não parecem tão claras na vida, na minha está assim. O desespero não pode ser mais forte que a vontade, a fé, o amor. Fixar quem somos, pra fortalecer a estrutura, aumenta a força.
Bom é isso. Uma certa confusão faz bem a todos nós. Desatar nós, atar-nos.


A base sempre deve permanecer estável.


Um bambu tem o caule e as folhas que podem pender e curvar-se, até mesmo completamente, mas suas raízes estarão dando suporte para que ele não se desprenda do solo.

Na vida, nos negócios, nos relacionamentos, na família , podemos, e mesmo devemos, ser flexíveis, mas a base tem que permanecer estável.

A diferença é que na vida a base tem que ter estabilidade dinâmica, não estática, longe do sentido de ser fixa ou rígida.

Como uma bailarina em seus saltos, giros e movimentos, a alma deve dançar o jogo da vida, experimentando os movimentos mais variados e inesperados possíveis com harmonia, mas, sempre, mantendo o foco.

Com a base estável, mesmo experimentando a dinâmica das mudanças e variações nas nossas vidas, o ponto de referência será o nosso foco.

As experiências podem variar. Podemos pender, avançar, retroceder, subir, descer, cair e levantar, seguir reto ou girar, não importa: o aspecto relevante a considerar será sempre retomar o foco.

O viver com foco induz à harmonia, que naturalmente se traduz em disciplina.

Disciplina não significa rigidez ou falta de flexibilidade, mas a habilidade em manter o foco visível, independente dos fatores externos ou internos que podem estar próximos ou distantes de nós.

Quando mantidos o foco podemos aparentar para quem vê de fora, que esteja havendo dispersão, mas a nossa referência estará presente.

Uma criança brincando está muito mais concentrada do que pode aparentar. Mesmo que muita coisa esteja acontecendo a seu redor, ela permanece em seu mundo, mais “concentrada” que muitos adultos treinados na arte da concentração.

Manter o foco não significa ter os olhos, movimentos e ações rígidos e fixos numa determinada direção. Significa manter a referência e sempre voltar a ela.

Numa vida consciente saberemos como e quando agir, através do leme da intuição e da sua harmonia com a razão, que resulta em equilíbrio mental e emocional. Saberemos, também, para onde dirigir nossa visão, sempre intuindo como e quando identificar um foco.

Então, haverá uma grande disciplina aliada à harmonia, naturalidade e grandiosidade.

Ter o foco presente significa ter a visão ampla, como um pássaro que, por mais alto ou mais distante que vá, sabe que tem um ninho onde repousar. Significa estar em plena liberdade, sabendo tornar sua referência aconchegante e confortável, nunca uma gaiola que aprisiona.

Manter o foco no coração é uma escolha sábia.

A disciplina quanto mais natural se torna, mais se aproxima da harmonia.

A disciplina deve ser encarada como um instrumento do amor e nunca como uma arma do temor. Os focos da vida de cada um são distintos, e só podem ser mantidos com disciplina.

No momento atual, a mudança de foco deve estar relacionada à renovação dos conceitos fundamentais no viver e não na sua simples reorganização. Deve estar orientada na descoberta do novo e não na “camuflagem” do antigo.

Caso contrário, muito possivelmente, o foco mais elevado não se manifestará e a energia será dirigida a direções habituais, o que induzirá a focos limitados e limitantes, que é o que tem ocorrido no decorrer dos tempos. Esse é o processo a ser superado com o estabelecimento de focos com alto padrão, tanto no nível espiritual quanto no emocional e no mental.

Isso implica em acessar qualidades e potenciais que temos mas que, no momento, nem mesmo podem ser imaginados. Portanto, não se deve pensar onde chegar, mas deve-se simplesmente se sentir pronto a partir de um ponto, sem impor limites a uma caminhada que não saberemos como será e a que ou a quem nos apresentará.

A necessidade vital do momento está em saber como selecionar referências novas, de fato e, a partir daí, manter um foco. Nesta caminhada muitos focos intuitivos se apresentarão e servirão como guias a nos conduzir por caminhos que não conhecemos. Esses focos darão luz e sinalizarão por onde seguir ou alertarão em caso de caminhos que devem ser evitados.

A novidade reside não na forma, mas na essência, do que realmente valorizamos e do que desejamos. Então, o canal da razão não poderá bloquear o acesso à renovação, pois ela nasce da descoberta de novas maneiras de “enxergar” e “entender”, inclusive, as velhas idéias.

O canal para dar vida a novas linguagens, que possibilitem uma renovação real que faça desabrochar valores e potenciais que possuímos é a intuição.

A intuição é quem poderá dar acesso a conceitos mais abrangentes de valores que a humanidade hoje experimenta em nível limitado e transitório e, também, ser a chave a abrir nosso tesouro interior de qualidades e capacidades que , se usados hoje em proporção mínima, são conhecidos como “milagres”.

Quanto mais conectado à sua intuição, o ser experimentará mais momentos de lucidez ou “insights”.

O coração não tem dúvidas e ele usa a intuição como linguagem As dúvidas ganham vida, quando usamos a razão.

A essência do método de renovação no viver implica em deixar o coração expressar-se e permitir-se escutá-lo, mais e mais, até atingir novos níveis de referência.

Usar a razão para tentar entender o coração é querer que uma pessoa aprenda a nadar, por mais teoria que tenha, sem nunca entrar na água.

Acessar as raízes do amor incondicional genuíno, da paz interior, do desapego preenchido de amor, da felicidade ilimitada e deixar que essas e outras raízes preenchidas de essência dêem suporte à nossa estabilidade e alimentem a transparência no enxergar e manter focos elevados é possível com a manifestação prática da intuição.

O momento é de manter o foco no sublime, no que há de mais genuíno dentro de si. Esta é a tarefa para cada um de nós neste momento da história: confiar num novo mundo, num novo ser, no “ melhor eu” que sabemos que habita cada um de nós.

Isso requer atitudes que possibilitem ao ser experimentar linguagens novas, através do uso da intuição, e que o levem a acessar e vivenciar com o coração áreas que a razão não acessa.

Essa aprendizagem se dá com a prática, como nos saltos da bailarina, com a aprendizagem de como manter o equilíbrio, experimentando harmonia e leveza e completo equilíbrio, mesmo sem ter a segurança de estar no chão.

A prática de intuir sempre poderá ser fortalecida com a reserva de um tempo diário ao silêncio, à meditação ou práticas pessoais que deixem a pessoa em harmonia consigo mesmo.

O fluxo dos eventos que a vida apresenta não deve ser o que dá segurança e harmonia. Independente deles, focado no coração, deve-se alimentar o gosto pela harmonia e leveza na vida, mesmo sem ter o conhecimento do que virá e mesmo que, aparentemente, não sinta ter o “controle” nas suas mãos.

A mudança se dá no modo de aprender, com a intuição como parceira e parte do time de que temos à nossa disposição.

Isso conduzirá o ser a um salto que resultará em transformação pessoal e do mundo em geral numa velocidade além da imaginada.

Autor: Herbert Santos

segunda-feira, 12 de abril de 2010

Ideais


Um ensinamento budista, sobre ideais, apego e reflexão.


Todas as grandes religiões são baseadas em fazer o bem, em não fazer o mal. Todos os praticantes desejam uma vida que seja assim. O que, então, nossos "ideais" tem a ver com tudo isto?

Quando o homem começa a perceber que sua vida não está indo bem (o primeiro passo crucial na prática) concebe a idéia - e com freqüência encontra uma prática para atendê-la - de que deve ser diferente do que tem sido: acha que 'deve' ser mais gentil, mais generoso, mais paciente, menos irado; ou (se tiver uma prática meditativa), que deve ter uma mente tranqüila; deve agir de toda maneira apropriadamente para se tornar iluminado; talvez devesse ser mais ascético.

Então o que há de errado nisso? Não devíamos todos tentar ser essas coisas boas, lutar para alcançar esses ideais?

O que é difícil de entender é que, se fizermos isso, nós simplesmente haveremos substituído por um novo ídolo (o meu eu perfeito) o antigo ídolo (perfeição ou prazer procurados no mundo fenomênico das pessoas e das coisas). O novo homem, lutando para ser um eu ideal, é pego pelos seus desejos como sempre - e uma vida de verdadeira paz, sabedoria, compaixão o escapa. Um novo sistema de crenças substituiu o antigo; as paredes da prisão foram redecoradas, por um gosto mais refinado talvez, mas a prisão permanece.

Quase que sem exceção, todos nós estamos fazendo isto. Até mesmo o pensamento "bom, então não vou fazer isto, vou deixar de tentar ser perfeito" é ainda mais redecoração.

Então como proceder? Primeiro vejamos que não é a ação particular que está em questão - de todo jeito vamos viver uma vida generosa. É a minha consciência do que acompanha o ato de generosidade (o reconhecimento de minhas reservas em dar, ou meu ressentimento, minha ansiedade quando eu sirvo o outro ou seguro minha língua irada) que aos poucos me transforma. É a experiência de minha própria indelicadeza que pode me habilitar a ser verdadeiramente gentil, generoso.

O que significa experimentar minha própria indelicadeza? Primeiro, uma observação impessoal e sem julgamentos de meus pensamentos indelicados é necessária - sem nenhuma análise, apenas atenção pura. Segundo, devo experimentar diretamente a tensão corporal que é o espelho exato de meu pensamento separador, meu medo. Neste experimentar, neste samadhi de não-pensamento, eu sou os outros e a gentileza é a minha verdadeira natureza. Mais e mais eu vejo meus próprios pensamentos indelicados como o sonho que são (e vejo também que meus ideais são os filhos deste sonho).

Nesta prática ou zazen, nossa experiência do que nossa vida é devagar clareia, e mais e mais sua expressão natural é a gentileza e a compaixão.

Fácil? Nem um pouco. Achamos difícil de fato nos afastar de nosso falso desejo por um ideal (sempre envolvendo julgamento sobre nós e os outros) e praticar com a experiência direta de nossa vida neste exato momento. Mas em nome de nossos votos de fidelidade a toda a vida, apenas fazemos, pacientemente e com determinação.

Monja Charlotte Joko Beck
fonte: http://www.budismosimples.kit.net

sexta-feira, 2 de abril de 2010

O que é terapia Cranio Sacral?

Oi!
Estou numa fase de aprendizados, e conheci essa terapia muito interessante,

Paz a todos nós.


A terapia craniossacral se caracteriza por uma atitude de suave contacto com o paciente. O terapeuta acredita que todo ser humano possui um enorme potencial de transformação e de cura, que basta ser mobilizado para agir com grande eficácia.

Esta terapia surgiu a partir das teorias da Osteopatia Craniana de Willian G. Sutherland, no início do século passado, e foi sistematizada por John Upledger, na década de 70. A base da terapia craniossacral é o acompanhamento da movimentação sutil dos ossos que formam o sistema craniossacral (crânio, coluna vertebral e sacro). Sua eficácia já foi amplamente testada, sendo reconhecida nos Estados Unidos e em diversas partes do mundo, como Inglaterra, Portugal, França, Japão e Austrália.

Mais do que uma técnica específica de tratamento, o CrânioSacro é uma forma não invasiva de abordagem do ser humano, que pode ser aplicada junto com diferentes técnicas terapêuticas.

A terapia craniossacral se caracteriza por uma atitude de suave contacto com o paciente e de acolhimento. O terapeuta aprende a receber e acolher as informações do corpo e seguí-las na direção da cura.

O CrânioSacro acessa potencial de cura do corpo através da pulsação craniossacral, que é o movimento sutil de contração e expansão provocado pela circulação do líquido cefalorraquidiano. Essa pulsação surge ainda no feto e é a última a se extinguir na morte. Ela possui função restauradora e serve como excelente medidor do equilíbrio corporal.

Mesmo que o paciente seja cético em relação ao tratamento, o corpo naturalmente se dispõe a engajar-se no processo de cura, pois a terapia craniossacral aciona a inteligência corporal.

O foco do CrânioSacro é o potencial de cura e a saúde do corpo, não a doença. Portanto, pode ser eficaz para diversos desequilíbrios. Em casos de estresse físico e mental, dores crônicas, enxaquecas, distúrbios da A.T.M. (articulação têmporo mandibular), hiperatividade, disfunções neurológicas, depressão, disfunções viscerais, desequilíbrios hormonais, hérnia de disco e outros, a terapia craniossacral provou eficácia.

fonte:. http://www.craniosacro.com.br